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62 – BAILARINA parte 3 - A Recompensa

  • Foto do escritor: Rodrigo Campos
    Rodrigo Campos
  • 22 de jun. de 2024
  • 2 min de leitura
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O grande dia chegou, a apresentação, não importa se o teatro tem uma ou mil pessoas, é sempre impactante exercer o que você gosta, ama, se dedicou, chorou ou sorriu, a agora é a hora de ter a sua recompensa.


A noite da grande apresentação, o auge de anos de preparação. As luzes se acendem, a música começa, e a bailarina se entrega por completo. Seus movimentos contam uma história de luta e superação, de paixão e sacrifício. Quando a música chega ao clímax, ela realiza o movimento de Battement, Changement de pied  e finaliza com En l’air, Port de Brás e suavizando com Adágio deslumbrante que parece desafiar a própria gravidade. O público prende a respiração, e aplaude de pé.


As vezes a bailarina é uma profissional da saúde ou de qualquer área, que não é recepcionada com música e luzes, mas ao final do seu atendimento também não recebe aplausos. Ela sabe o seu valor, sabe o sacrifício que foi para chegar no palco da vida dela, e com dignidade e determinação, seus olhos brilham com uma mistura de lágrimas e fogo. Ela termina a dança do atendimento, com uma força renovada, cada movimento carregando a intensidade de sua alma. Quando a última nota soa, ou o último paciente, a plateia do seu interior, explode em aplausos, reconhecendo não apenas a beleza de sua performance, mas a coragem e a resiliência que ela demonstrou. A bailarina, a profissional da saúde, a professora ou qualquer que seja sua profissão, sorri, sabendo que, apesar de toda a dor e sacrifício, ela alcançou algo verdadeiramente sublime.


E assim, a jornada é marcada por elegância e dor, um balé (da vida) de emoções que culmina em um final inesquecível, deixando uma marca indelével nos corações de todos que testemunharam sua dança, ou até mesmo daqueles que nem notaram sua atuação.

 
 
 

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