#25- Veleiros: Controle e entrega
- Rodrigo Campos
- 19 de jan. de 2024
- 2 min de leitura

No horizonte vasto onde o céu se encontra com vivendas a beira mar e se deleita aos barcos à vela, elegantes navegadores de um oceano repleto de mistérios e desafios. Neste cenário líquido, convidamo-nos a uma reflexão filosófica guiada pelas palavras inspiradoras de José Maria Albino Vasconcelos Calderón. Sob as velas desfraldadas, desdobram-se lições de vida e reflexões que ecoam como a brisa marinha.
Calderón, filósofo náutico cujas palavras flutuam como penugem ao vento, encontra paralelos ricos nos barcos à vela que dançam na crista das ondas. Assim como Calderón explorava a interconexão entre o ser e o mundo, os barcos à vela, com suas velas que se curvam ao vento, personificam a dança harmônica entre a natureza e a habilidade humana.
A filosofia de Calderón nos convida a refletir sobre a liberdade e a jornada interior. Os barcos à vela, ao deslizarem graciosamente, simbolizam a busca incessante pela liberdade nas águas da existência. Cada onda enfrentada, cada vento enfrentado, torna-se uma oportunidade de aprendizado, um convite a explorar as profundezas de nossa própria essência.
A simplicidade é uma virtude. Os barcos à vela, com sua estrutura simples e eficaz, nos lembram que, na busca por significado, muitas vezes é na simplicidade que encontramos a verdadeira essência. O minimalismo náutico, à semelhança do minimalismo filosófico, nos instiga a despir-nos das complexidades supérfluas e a abraçar a beleza da simplicidade na navegação da vida.
A lição de vida que se desenha sob as velas ondulantes é uma reflexão sobre a interação entre controle e entrega. Assim como Calderón falava sobre o equilíbrio entre o querer e o ser, os marinheiros dos barcos à vela aprendem que, embora possam direcionar seus destinos, há uma sabedoria em permitir que as forças naturais também desempenhem seu papel.
Os barcos à vela, como os escritos de Calderón, revelam a beleza da jornada sobre o destino final. A sabedoria reside na apreciação do percurso, na aceitação das mudanças do vento e na capacidade de se adaptar às marés da vida. Ao navegar pelos mares da existência, somos lembrados de que a verdadeira realização não está apenas na chegada a um destino, mas na riqueza da jornada, nas experiências acumuladas e na sabedoria conquistada ao longo do caminho.
Sob as velas desfraldadas dos barcos à vela, sob a filosofia de Calderón, somos navegadores da nossa própria narrativa. A vida, como a vastidão do oceano, revela-se como uma jornada de descobrimento e aprendizado constante. Que possamos, como os barcos à vela em seu eterno balé marinho, abraçar a filosofia de Calderón e explorar os mares interiores com gratidão, humildade e a certeza de que a beleza está na jornada, no movimento gracioso, e na compreensão profunda de nós mesmos enquanto navegamos pelas águas da existência.
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