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#43 - A Filosofia do Vazio

  • Foto do escritor: Rodrigo Campos
    Rodrigo Campos
  • 30 de abr. de 2024
  • 2 min de leitura
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Tal pintura é baseada na famosa obra o "Quadrado Negro sobre Fundo Branco" de Kazimir Malevich que emerge como uma exploração ousada do vazio e da simplicidade. Sob o olhar filosófico de Oswald Spengler, adentramos nesse mundo de minimalismo radical para extrair lições de vida e reflexões sobre o significado subjacente deste aspecto singular.


Malevich, ao criar esse ícone do suprematismo, transcendeu as formas tradicionais da arte. O quadrado negro, aparentemente simples, destila uma complexidade intrigante. Ele nos convida a contemplar o vazio não como ausência, mas como uma potência silenciosa, cheia de possibilidades e significados ocultos.


O pensamento de Oswald Spengler, marcado por sua visão cíclica da história e da cultura, oferece uma lente única para analisar o "Quadrado Negro". Spengler via as civilizações como organismos vivos, cada uma com seu ciclo de nascimento, crescimento, apogeu e declínio. Sob essa perspectiva, o minimalismo do quadrado negro pode ser interpretado como um reflexo da fase de declínio, onde a simplificação se torna uma resposta à complexidade esgotada.


A lição de vida que emerge é uma chamada à contemplação sobre o equilíbrio entre simplicidade e complexidade. Assim como o quadrado negro destila a essência do vazio, a vida, por vezes, nos lembra que a busca incessante por complexidade pode nos afastar da riqueza encontrada na simplicidade. A simplicidade não é mera ausência; é a tela em branco onde podemos criar novas possibilidades.

A reflexão que este quadro e a filosofia de Spengler nos provocam é sobre a necessidade de encontrar significado no que aparenta ser vazio. O minimalismo, quando entendido como uma resposta à saturação, nos lembra que, por vezes, a verdade e a beleza residem na quietude aparente.


Que, ao contemplar o "Quadrado Negro sobre Fundo Branco" do famoso pintor, ou o meu quadro desprovido de renome, cada um se inspire a encontrar equilíbrio na dança entre simplicidade e complexidade, reconhecendo que, mesmo no vazio, há espaço para criação, contemplação e renovação. Na filosofia do vazio, descobrimos que, por vezes, é no silêncio da simplicidade que encontramos as respostas mais profundas e as verdades mais autênticas.

 
 
 

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